sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Contexto da Primeira Revolução Industrial



O que foi a Revolução Industrial? 

Conjunto de transformações técnicas, econômicas e sociais que assinalaram a plena configuração do sistema capitalista (ou modo de produção capitalista).

A partir do século XVIII, a ciência ingressou em um constante processo de evolução, que desencadeou uma série de novas tecnologias que transformaram de forma rápida a vida do homem, sobretudo, no modo de produzir mercadorias. Nesse último caso, serviu principalmente ao setor industrial, acelerando o desenvolvimento do sistema capitalista.

Essa acelerada transformação no setor produtivo industrial é denominada historicamente como Revolução Industrial. Para obter uma abordagem mais sistemática podemos destacar três momentos desse processo: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial.

A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII início do século XIX, logo mais outros países como França, Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos ingressaram nesse novo modelo de produção industrial.

Essa revolução ficou caracterizada por duas importantes invenções que propunham uma reviravolta no setor produtivo e de transportes: a ciência descobriu a utilidade do carvão como meio de fonte de energia e a partir daí desenvolveram simultaneamente a máquina a vapor e a locomotiva. Ambos foram determinantes para dinamizar o transporte de matéria-prima, pessoas e distribuição de mercadorias, dando um novo panorama aos meios de se locomover e produzir.

Um dos primeiros ramos industriais a usufruir a nova tecnologia da máquina a vapor foi a produção têxtil, que antes da revolução era desenvolvida de forma artesanal. 

A utilização de máquinas nas indústrias, que desempenhavam grande força e agilidade movida à energia do carvão, proporcionou uma produtividade extremamente dinâmica, com isso a indústria tornou-se uma alternativa de trabalho, nesse momento milhares de pessoas deixaram o campo em direção às cidades.

O acelerado êxodo rural provocou expressivo crescimento dos centros urbanos em grande parte das nações europeias que integravam a revolução. Algumas cidades da Europa aumentaram três vezes o número de sua população em meio século.

A partir desse crescimento populacional os centros urbanos ficaram saturados, modificando de maneira drástica a configuração da paisagem urbana, as cidades não absorveram o fluxo de pessoas de forma planejada, com isso surgiram bairros marginalizados compostos por trabalhadores pobres.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Da África para o Brasil



Tráfico de escravos para o Brasil

O tráfico negreiro no Brasil perdurou do século XVI ao XIX. Nosso país recebeu a maior parte de africanos escravizados no período (quase 40% do total) e foi a nação da América a mais tardar a abolição do cativeiro (1888). Era uma atividade lucrativa e praticada pelos portugueses antes do descobrimento do Brasil.

As embarcações utilizadas para o transporte desses escravos da África para o Brasil eram as mesmas anteriormente usadas para o transporte de mercadorias da Índia. Assim, podemos levantar dúvidas sobre o estado de conservação e a segurança dos navios negreiros.

No início desse “comércio” eram utilizadas para o tráfico negreiro  desde as charruas até as caravelas, com arqueações que variavam entre 100 e 1000 toneladas. Mas com o passar do tempo os navios negreiros começaram a ser escolhidos com mais especificidade, indo de naus com apenas uma cobertura (os escravos eram transportados sem distinção nos porões) a naus com três coberturas (separando-se homens, mulheres, crianças e mulheres grávidas). Àquela época, esses navios eram apelidados de “tumbeiros”, pois devido às condições precárias muitos escravos morriam. Os negros que não sobreviviam à viagem tinham seus corpos jogados ao mar.

Os negros que aqui chegavam pertenciam, grosso modo, a dois grupos étnicos: os bantos, vindos do Congo, da Angola e de Moçambique (distribuídos em Pernambuco, Minas Gerais e no Rio de Janeiro) e os sudaneses, da Nigéria, Daomé e Costa do Marfim (cuja mão-de-obra era utilizada no Nordeste, principalmente na Bahia).

A saudade da terra natal (banzo) e o descontentamento com as condições de vidas impostas eram a principal razão das fugas, revoltas e até mesmo dos suicídio dos escravos. A “rebeldia” era punida pelos feitores com torturas que variavam entre chicotadas, privação de alimento e bebida e o “tronco”. Durante essas punições, os negros tinham seus ferimentos salgados para provocar mais dor.

O motivo para o início do tráfico negreiro no Brasil foi a produção de cana-de-açúcar. Os escravos eram utilizados como mão-de-obra no Nordeste. Comercializados, escravos jovens e saudáveis eram vendidos pelo dobro do preço de escravos mais velhos ou de saúde frágil. Vistos como um bem material, eles podiam ser trocados, leiloados ou vendidos em caso de necessidade.

O Tráfico Negreiro foi extinto pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. A escravidão no Brasil, no entanto, somente teve fim em 1888, com a Lei Áurea.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

África e Africanidades



Os impérios africanos

Império de Gana
O Antigo Império Gana teve seu apogeu entre os anos 700 e 1200 d.C.
O antigo nome desse império era Uagadu, que ocupava uma área tão vasta quanto à da moderna Nigéria e, incluía os territórios que hoje constituem o Mali ocidental e o sudeste da Mauritânia.
Era rico em ouro e praticavam com os árabe um comercio transaariano, no qual trocavam ouro por artigos de luxo, especiarias e jóias.
Declinou devido conflitos internos e invasão de outros povos.

Império de Mali
Possuía importantes centros urbanos como Tombuctu, que contava com cerca de 100 mil habitantes.
Possuía uma economia baseada na produção de tecidos, mineração de ouro e comercial de sal
Possuía um grande centro de estudos onde os sábios reuniam-se para debater o conhecimento e ensinar.
Antes mesmo das universidades medievais Mali já possuía um centro acadêmico semelhante ao que o europeu criou décadas depois.

Império de Songai
Também foi um importante centro comercial.
Desenvolveram um funcionalismo publico profissional e nomeavam governadores para cada província.

Reino do Congo.
Foi organizado por povos de origem banta.
No final do sec. XV os portugueses aportaram e começaram a construir feitorias, no intuitos de portos comerciais. A utilização das armas de fogo pelos portugueses acabou por facilitar a conquista desses povos.

Escravidão e comércio na África
Desde o século VII a.C os africanos já desenvolvia a metalurgia, o comercio de minérios e metais preciosos era uma constante que cresceu largamente com a invasão dos mulçumanos.

As chamadas especiarias como o sal também eram comercializadas facilmente na região.
Os africanos já usavam o carro puxado a bois e jumentos o que facilitava o transporte de mercadorias. A introdução do camelo pelos árabes impulsionou mais ainda o comercio.

Muitos séculos antes da chegada dos brancos europeus à África, as tribos, reinos e impérios negros africanos praticavam largamente o escravismo, da mesma forma que os gregos, romanos e demais etnias muçulmanas.

Reinos africanos, tinham grandes mercados espalhados pelo interior do continente, abastecidos por guerras entre as tribos, seqüestro aleatório, castigos penais, intrigas políticas ou ainda a venda de si mesmo por não poder se sustentar.

Ao converter meia África, o Islamismo contribuiu muito para estimular ainda mais a escravidão, pois praticou-a desde cedo, já no século VI, mercadores árabes freqüentavam todos os portos da costa oriental da África, trocando cereais, carnes e peixes secos com tribos bantus por escravos.

As populações negras não-muçulmanas também consideravam a escravidão um fato absolutamente normal.

Com as invasões ibéricas a necessidade de mão- de- obra para a produção em larga escala nas colônias implantadas pela expansão comercial aumentou e com ela o comércio de escravos se expandiu de forma exponencial

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A África antes dos europeus



África e Africanidades
Antes da chegada dos europeus, os povos do continente africano estavam organizados em clãs e reinos.
Havia grande diversidade entre eles em aspectos físicos, características culturais, integrantes, etc.

África saariana
Estende do Egito ao Marrocos.
Grande influencia dos povos fenícios, gregos, romanos e árabes
Os líbios foram os principais responsáveis pelo desenvolvimento do norte da África com exceção dos Egípcios.
A diversidade desses povos ia desde a formação de tribos caçadoras-coletoras; outras a margem de rios com agricultura (queimada; plantio de arroz e inhame – praticada por escravos e camponeses livres) e organização em reinos
Por volta do século IX, os muçulmanos quebraram o isolamento da Europa e Oriente, atravessando o Saara buscando riquezas e conversão ao islamismo.
A semelhança com os povos já instalados permitiu o surgimento de uma civilização islâmica, que foi se ampliando com o contato com os povos subsaarianos.

África subsaariana
A África é provavelmente a região do mundo onde a situação lingüística é a mais diversificada (com 1000 línguas) e a menos conhecida.
Sua diversidade ética, cultural, econômica e política nos permite, a fim de estudos dividi-la em regiões.
África ocidental: formada pelos povos de origem haussa e ioruba.
África central e meridional: formada basicamente pelos grupos de agricultores e pastores de origem Banto
África etíope: povos de religião cristã, intitulavam-se descendentes do rei Salomão, possuíam um grande comercio com árabes e bizantinos.
África da costa oriental: formada por bantos e povos vindos da indonésia, foram profundamente influenciados pelo islamismo, da mistura cultural surgiu uma nova denominada suaíli. Esses povos expandiram seus domínios conquistando inclusive as ilhas como Madagáscar