sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Significado das Cruzadas na Europa medieval


Significado das Cruzadas na Europa medieval
As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.

Organização

Em 1095, Urbano II, em oposição a este impedimento, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela causa. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual e recompensas da Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas em combate.

Após a Primeira Cruzada foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários que tiveram importante participação militar nos combates das seguintes Cruzadas.

Após a derrota na 1ª Cruzada, outro exército ocidental, comandado pelos franceses, invadiu o oriente para lutar pela mesma causa. Seus soldados usavam, como emblema, o sinal da cruz costurado sobre seus uniformes de batalha. Sob liderança de Godofredo de Bulhão, estes guerreiros massacraram os turcos durante o combate e tomaram Jerusalém, permitindo novamente livre para acesso aos peregrinos.

Outros confrontos deste tipo ocorreram, porém, somente a sexta edição (1228-1229) ocorreu de forma pacífica. As demais serviram somente para prejudicar o relacionamento religioso entre ocidente e oriente. A relação dos dois continentes ficava cada vez mais desgastada devido à violência e a ambição desenfreada que havia tomado conta dos cruzados, e, sobre isso, o clero católico nada podia fazer para controlar a situação.

Embora não tenham sido bem sucedidas, a ponto de até crianças terem feito parte e morrido por este tipo de luta, estes combates atraíram grandes reis como Ricardo I, também chamado de Ricardo Coração de Leão, e Luís IX. Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Debret - Um artista a serviço da Corte portuguesa no Brasil


Debret – Um artista a serviço da Corte portuguesa na História do Brasil Império
Jean-Baptiste Debret nasceu na cidade de Paris na França em 18 de Abril de 1768 onde, iniciou sua vida profissional, sob a influência de Jacques-Louis David. Integrando a Missão chefiada por Lebreton, ficou no Brasil entre 1816 e 1831, dedicando-se à pintura e ao magistério artístico.

Em suas telas retratou não apenas a paisagem, mas sobretudo a sociedade brasileira, não esquecendo de destacar a forte presença dos escravos. Foi iniciativa sua a realização da primeira exposição de arte no país, em 1829. Debret voltou a Paris e assim faleceu ao dia 11 de junho de 1848.

Jean-Baptiste Debret começou seus estudos de arte acompanhando o chefe da escola neoclássica francesa, o pintor Jacques-Louis David, seu primo, em uma viagem a Roma, na época em que este último pintava a sua célebre tela o Juramento dos Horácios. Retornando da Itália, freqüentou a École de Beaux-Artes de Paris, mas, em decorrência da Revolução Francesa, afastou-se da pintura durante cinco anos.

Voltou à ativa, conquistando em 1798 um prêmio no Salon de Paris, no qual mais tarde exporia por diversas vezes. Em 1816, foi convidado por Joaquim Lebreton para integrar a chamada Missão Artística Francesa, que aportou no Rio de Janeiro, então sede da corte portuguesa, aqui instalada em 1808 com a vinda de Dom João VI e da família real.

No tempo em que morou no Brasil, Debret participou da fundação da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), realizou retratos da família Imperial, instalou uma escola particular de pintura e foi o responsável pelo primeiro salão de arte brasileiro, realizado em 1829. Com toda essa atividade, não é de se admirar que tenha se exposto à hostilidade dos artistas portugueses que então disputavam com os franceses o controle do sistema de ensino artístico no Rio de Janeiro.

Com o grande projeto Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, Debret revela sua profunda relação pessoal e emocional, adquirida em sua permanência no Brasil por 15 anos. Em 1831 o pintor solicitou licença ao Conselho da Regência para retornar à França, alegando problemas de saúde. Dois motivos o levaram a tomar tal atitude: primeiro para juntar-se a sua família e segundo, tão importante para o artista quanto o primeiro, era organizar o primeiro volume de sua obra Viagem pitoresca e histórica ao Brasil.

A Corte portuguesa aceitou tal solicitação, no entanto, condicionou-a a um retorno do artista para o "novo mundo", fato que não ocorreu, Debret deixou o Brasil em 1831 para nunca mais voltar. Mas, o artista francês jamais deixou se desvencilhar das terras brasileiras, estando profundamente envolvido por meio de sua obra, até o fim de seus dias ocorrido em 1848.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

7 de setembro: Que independência é esta?


Historiador evidencia necessidade de resignificar conceito e contexto de um dos períodos históricos mais marcantes do País

Gritos, euforia, sentimento nacionalista e plena liberdade. Será que a nação conquistou sua autonomia no dia 7 de setembro de 1822? A tão sonhada independência do Brasil aconteceu nesse dia e pretendeu levar milhões de brasileiros ao destino da liberdade de expressão, bem como ao desprendimento de uma escravidão desenfreada e dependência socioeconômica. O dia da independência foi baseado no esteio político, por meio do qual D. Pedro I posicionou-se às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, e, em seu tom mais ufano, exclamou ‘Independência ou Morte!’.
Em entrevista concedida à Gazetaweb, o professor de História Gustavo Pessoa, graduado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), explicou a respeito do contexto da independência, no qual todos os Países da América foram colônias no século XIX. O Brasil era a única colônia portuguesa. Durante o período inicial, segundo Gustavo, houve a implantação de um modelo econômico para viabilizar a produção açucareira, denominado Plantation, fundamentado no latifúndio e na monocultura. “Foi justamente este sistema social e econômico, aliado à escravidão, à monocultura agroexportadora e ao latifúndio, que permaneceu, mesmo após a independência do País”, afirmou.
O professor explanou que a independência viria à tona, mais dia ou menos dia, uma vez que já havia uma cultura nacionalista enraizada nos brasileiros, como também, fatores ligados à religião e à língua. “D. Pedro seria coroado Imperador para servir como instrumento político, pois asseguraria, exclusivamente, os interesses das elites”. A nação brasileira, de acordo com Pessoa, foi uma das últimas a proclamar a independência - os EUA colocaram-se em primeiro lugar, em 1776.
“A partir da independência, não se registrava nenhum progresso de ordem econômica importante. Era o momento em que saíamos de uma esfera de influência portuguesa e entrávamos na inglesa, que deteria o monopólio de comércio no Brasil. Muitas coisas mudaram, também, com esse dia. Nós somos, hoje, uma das grandes potências industrializadas do mundo” - emendou Gustavo.
Quando questionado acerca de um Brasil independente, o historiador alegou que são necessários investimentos em recursos humanos, e, principalmente, na educação. “Precisamos de governantes que estejam dispostos a enfrentar fases coloniais que ainda persistem, como favelização, marginalidade, a desvalorização do negro e a falta de inclusão social”.
Didática do educador
Gustavo Pessoa afirmou que, no período antecedente à década de 80, o ensino voltado aos alunos baseava-se em uma mera assimilação do que ocorreu no dia 7 de setembro de 1822. “Antigamente, os professores introjetavam o acontecimento na mente dos alunos e não se produzia uma reflexão sobre isso. De 85 para cá, já se vê uma crítica por parte dos educadores e estudantes quanto a esta independência falseada. Vários lados da história são mostrados” – revelou.
Perda de tradição
Com relação aos desfiles, o educador relacionou a tradição antiga ao tempo atual, onde não se observa mais a efetiva participação de estudantes de escolas públicas e particulares percorrendo as avenidas da capital, com suas fanfarras e agitações ufanistas. “As caminhadas perderam o apelo popular. Eu me recordo, no interior da Bahia, dos desfiles que tomavam conta das ruas; vivenciava-se um momento de entusiasmo. Hoje, muitos movimentos sociais, como o MST [Movimento dos Sem-terra] e a CPT [Comissão Pastoral da Terra] utilizam essa data para promover outra forma de discussão, a exemplo do grito dos excluídos. A tendência é que essa comemoração mude cada vez mais de figura” – concluiu.

Fonte:
http://www.gazetaweb.com/ acesso em 07/09/2010

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Independência dos EUA e a Revoluão Francesa


Trago hoje um post bem interessante onde relaciono a Independência dos EUA e a Revolução Francesa confira...

Quando adentramos o processo de constituição dos governos liberais e a crise do absolutismo, costumamos compreender que a participação francesa na emancipação das Treze Colônias teve grande importância na deflagração da Revolução Francesa de 1789. Geralmente, o elo entre as duas experiências históricas se explica pelo fato da França participar das Guerras de Independência dos Estados Unidos com o envio de tropas que lutaram em defesa dos colonos norte-americanos.

No entanto, seria satisfatório dizer que os soldados franceses teriam carregado de volta à sua terra natal o sentimento de autonomia que inspirou as Treze Colônias a lutarem contra a opressão inglesa? Apesar de não ser falsa, essa premissa não contempla o fato de que o século XVIII assistia a disseminação do ideário iluminista, que motivou a luta de várias nações contra a ação de regimes monárquicos ou contrários ao mecanismo de representação política.

Para que a proximidade ideológica entre as duas experiências históricas seja melhor desenvolvida, sugerimos a exposição de dois documentos que podem assinalar, de maneira bem clara, como o projeto político francês e o norte-americano se assemelhavam. Como sugestão, recomendamos o trabalho com a “Declaração de Independência dos Estados Unidos da América” (1776) e a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” (1789).

No primeiro documento, temos a seguinte assertiva sobre o ideal de igualdade e o funcionamento das instituições políticas:

“São verdades incontestáveis para nós; todos os homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu certos direitos inalienáveis, entre os quais os de vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; para assegurar esses direitos se constituíram homens-governo cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados; sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-la”

Em contrapartida, o documento francês aborda a relação do indivíduo com o Estado da seguinte forma:

“A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo. Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus talentos.”

Por meio desses dois trechos, a semelhança ideológica desses processos históricos fica mais clara. A ideia de que as instituições políticas têm origem humana e devem ser moldadas de acordo com o interesse daqueles que são controlados por elas fica evidenciada. Além disso, o imprescindível respeito à vontade dos governados também convive com o ideal de que um governo só poderia ser legítimo no momento em que garantia a felicidade daqueles que representava.

Dessa forma, a visão simplista de que os soldados franceses apenas transferiram o projeto político norte-americano para sua terra natal acaba sendo resolvido. Ao mesmo tempo, podemos conferir, por meio da própria leitura da documentação histórica existente, como se delineava as visões políticas dos participantes de cada uma dessas experiências históricas do século XVIII.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775 - 1781)


... continuando o post anterior...
Os Estados Unidos era formado por treze colônias, que eram divididas em colônias do norte e colônia do sul.

O comércio colonial tornou-se uma concorrência para o comercio metropolitano, trazendo algumas intrigas entre eles, o que ocasionou na emancipação das treze colônias.

A França, que havia vencido a guerra dos sete anos, tinha um domínio parcial sob as terras do Império Colonial Francês, que eram as terras do oeste das treze colônias americanas.

Foi decidido pelo Parlamento inglês, que os habitantes das colônias, deveriam bancar parte dos custos da guerra. Tudo, com a intenção de ampliar os valores e os direitos da Coroa sobre a América.

Os colonos não aceitavam as propostas do Parlamento Inglês, pois estavam exigindo que eles abrigassem e fornecessem transporte para as tropas que chegavam à colônia.

No ano de 1773, ocorreu um ataque que ficou conhecido como a festa do Chá de Boston, que foi ocasionado devido a Lei do Chá, a qual dava o direito de posse do comércio do chá para a Companhia das Índias Orientais. Comerciantes se passaram por índios mohankws no porto de Boston e devastaram trezentas caixas de chá que haviam sido tiradas do barco.

Esta ação dos comerciantes levou os ingleses, no ano de 1774, a proclamarem as Leis Intoleráveis.

O Primeiro Congresso Continental a Filadélfia, enviou um requerimento ao Parlamento Inglês, depois de ser convocado. Ele pedia a anulação das Leis Intoleráveis, em respeito aos colonos.

No ano seguinte, mais um ataque ocorreu, levando a morte de colonos, e finalmente começaram a se organizarem de uma maneira civilizada.

Assim inicia-se a guerra pela independência, ainda em 1775. Os representantes reuniram-se no Segundo Congresso Continental de Filadélfia, onde constataram a necessidade de se organizarem disciplinadamente, assegurando os direitos dos colonos. G. Washington liderava as tropas e Thomas Jefferson a liderava a comissão encarregada de redigir a Declaração de Independência.

Os Estados Unidos se torna independente em julho de 1776, depois de batalhas dos colonos americanos e franceses contra os ingleses. No Tratado de Paris em 1783, foi confirmada a independência americana.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Independência dos Estados Unidos



A Inglaterra continuou baixando leis para arrecadar tributos e combater o contrabando.

Com base em idéias iluministas, as 13 colônias organizaram em 1774 o 1º congresso da Filadélfia, onde foi redigida a declaração dos direitos dos colonos. O documento dizia que eles, como cidadãos ingleses, não podiam ser taxados sem serem consultados.

A Inglaterra considerou as colônias em estado de rebelião e baixou em 1775 o ato restritivo, proibindo o comércio com outros países, sob pena de apreensão de navios.

Surgiram os primeiros choques armados. Em Lexington, a 10 de abril de 1775. Os britânicos foram derrotados, sofrendo mil baixas. A 4 de julho de 1776 lançaram a declaração de independência, redigida por Thomas Jefferson, e passaram a arrecadar recursos para a formação de um exército, cujo o comando foi entregue a George Washington, um rico proprietário do sul.

Embora proclamada oficialmente, levou alguns anos para ser conquistada de fato. O exército americano não estava suficientemente organizado e não tinha recursos financeiros para enfrentar ingleses.

Seu grande trunfo eram as ações de sabotagem. Franklim pediu reforço na França e na Espanha. Isolada e derrotada, a Inglaterra acabou reconhecendo a independência.

Após adotada uma constituição, o primeiro presidente foi George Washington.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lutas pernambucanas: Confederação do Equador


Conflitos na Historia do Brasil - Império - Primeiro Reinado

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista ou autonomista e republicano ocorrido em 1824 na região de Pernambuco no Nordeste do Brasil. Representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país.
O tom autoritário e elitista impresso desde o início do governo de Dom Pedro I, instalou um clima de insatisfação no interior de diversas províncias do Brasil. A dissolução abruta da assembléia de 1824, fez com que muitos líderes políticos locais se opusessem às exigências imperiais. Na região nordeste, essa questão era ainda mais delicada quando levamos em conta as constantes crises econômicas que assolaram as províncias nordestinas, principalmente devido à estagnação da economia açucareira.
Foi nesse contexto de miséria e disputa pelo poder que em Pernambuco estabeleceu-se um movimento contrário aos ditames de Dom Pedro I. Na época, a dissolução da Assembléia foi seguida pela deposição do então governador Manuel de Carvalho Paes de Andrade. Depois de perder o seu cargo, Paes de Andrade rapidamente mobilizou forças para organizar um movimento separatista na região nordeste. Seria criado um novo Estado com o nome de Confederação do Equador.
Em pouco tempo, a revolta nascida em Pernambuco ganhou apoio das províncias do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Instaurado entre as populações urbanas do nordeste, a Confederação defendia a criação de um governo republicano. Entre suas primeiras medidas, o movimento decretou o fim do tráfico negreiro e o recrutamento militar obrigatório das populações subordinadas ao novo governo. As lideranças populares da Confederação – representadas por Frei Caneca, Cipriano Barata e Emiliano Munducuru – ainda exigiam reformas mais radicais semelhantes as da Revolução Haitiana.
Entre outras propostas, as alas populares da Confederação do Equador sonhavam com a criação de um governo controlado pelas camadas populares e o fim da escravidão. Em contrapartida, as elites agrárias participantes do movimento discordavam com tais medidas e, logo em seguida, desertaram da ação antiimperial. A cisão interna do movimento seria o triunfo necessário para que as tropas de Dom Pedro I pudessem combater o levante nordestino.
Obtendo empréstimos com a Inglaterra, Dom Pedro I formou um exército comandado por Francisco Lima e Silva e contratou os serviços do mercenário britânico lorde Cochrane. Em setembro de 1824, um bloqueio naval pressionou os confederados. Em terra, as elites dissidentes formaram milícias que auxiliaram no fim da Confederação do Equador. Sem muitas opções, Paes de Andrade conseguiu refugiar-se na Inglaterra. No entanto, outros líderes separatistas não tiveram a mesma sorte e acabaram sendo mortos pelas autoridades imperiais.
Um tribunal dirigido pelo próprio Francisco Lima e Silva julgou e condenou dezesseis revoltosos. Entre os condenados estava Frei Caneca, que foi sentenciado à morte por enforcamento. No entanto, os responsáveis pela execução, sabendo da popularidade e da origem religiosa de Frei Caneca, negavam-se a cumprir a sentença. Com isso, sua pena foi mudada para a morte por fuzilamento.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Civilização hebraica


A civilização hebraica é proveniente da Palestina, região localizada entre o deserto da Arábia, Síria e Líbano. Próxima ao mar Mediterrâneo é cortada pelo rio Jordão, a Palestina ficou conhecida como um dos principais entrepostos comerciais do mundo antigo. Sendo uma região habitada por diferentes povos, a Palestina é o grande palco da histórica rixa entre árabes e palestinos.
Os hebreus organizaram sua população em diversos clãs patriarcais seminômades. Esses grupos familiares se dedicavam principalmente à criação de gado ao longo dos oásis espalhados no deserto da Arábia. A história dos hebreus se inicia a dois mil anos antes de Cristo e convive com outras grandes civilizações expansionistas do mesmo período. A história hebraica se concentra nos textos bíblicos do Antigo Testamento, que relatam o cotidiano, os hábitos e as crenças dos judeus.
Influenciados por um pensamento fortemente religioso, o povo hebreu fundou uma crença monoteísta focada na adoração do deus Iaweh. Seguindo a liderança de homens designados por Iaweh, os hebreus se julgavam uma nação santificada que deveria manter e expandir a sua população. Por conta disso, as famílias eram bastante extensas e as mulheres tinham como função primordial tratar da criação de seus filhos. Os homens detinham papéis de liderança na administração das tribos e as mulheres eram preparadas para o casamento.
Seguindo padrões morais bastante rígidos, os hebreus evitavam o enlace sexual entre os mais jovens e condenavam a prática homossexual. Além disso, a virgindade também detinha um importante papel de destaque na reafirmação de um ideal de pureza da figura feminina. O casamento monogâmico era a peça fundamental de sua organização familiar. O homem só poderia desfrutar do corpo de outra mulher (concubina), quando a esposa não tinha condições de gerar filhos.
O escravismo era uma prática comum na sociedade hebraica. Parte da própria população poderia vir a ser escravizada por conta de algum tipo de acordo ou punição religiosa. Os demais escravos eram provenientes das conquistas militares. A condição dos escravos era bastante relativa, sendo que os princípios da lei religiosa permitiam que os mesmos pudessem se casar; converterem-se à fé judaica; ou estabelecer algum tipo de propriedade.
A primeira fase da história política dos hebreus ficou conhecida como Período dos Patriarcas. Nessa época, a população hebraica esteve subordinada à liderança de um membro das tribos que concentrava em suas mãos funções jurídicas, militares e religiosas. A economia era sustentada por meio das atividades pastoris que se desenvolviam por meio de constantes deslocamentos populacionais às regiões férteis da Palestina.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Insurreição Pernambucana


Brasil colônia: A batalha do Guararapes: o confronto entre os luso-pernambucanos e holandeses.

A Holanda, ao longo do processo de consolidação de sua expansão marítimo-comercial, teve de enfrentar sérias dificuldades para a expansão de suas atividades mercantis. Primeiramente, foi obrigada a entrar em um desgastante conflito no qual lutava pela independência da região dos Países Baixos do poderio espanhol. Externamente, necessitava urgentemente de ampliar seus negócios através da criação de colônias no continente americano.

Ao mesmo tempo em que lutava com os espanhóis, a Holanda criou a Companhia das Índias Orientais. Essa empresa foi responsável por tratar das questões mercantis holandesas. Entre suas primeiras ações, a Companhia organizou um conjunto de invasões ao território brasileiro que tinha um duplo objetivo: fixar pólos de exploração açucareira no Nordeste e enfraquecer a Espanha, que na época desfrutava dos lucros das possessões coloniais lusitanas por conta da União Ibérica.

Após não conseguirem invadir Salvador, as expedições holandesas tiveram êxito em controlar a região de Pernambuco, a partir de 1630. Nesse tempo, a administração holandesa financiou a exploração açucareira oferecendo empréstimos aos senhores-de-engenho. Sob o comando de Maurício de Nassau, o Nordeste açucareiro parecia desfrutar de um período próspero. No entanto, enquanto Nassau favorecia os senhores-de-engenho, o governo holandês gastava boa parte de seus lucros com as guerras em prol de sua independência.

Esses conflitos esvaziaram os cofres do Estado holandês, que a partir de então não tinha mais condições de bancar a produção açucareira no Brasil. Com isso, a Companhia de Comércio foi pressionada a cobrar suas dívidas junto aos senhores-de-engenho nordestinos. Inconformados com a mudança na política colonial holandesa, vários proprietários de terra da região começaram a se opor à presença dos holandeses. Dava-se início a uma seqüência de conflitos que marcaram a chamada Insurreição Pernambucana.

Os colonos, que inicialmente não contaram com o apoio lusitano, empreenderam a formação de tropas que venceram os primeiros embates contra a Holanda. Com a liderança de Filipe Camarão e Henrique Dias, os colonos resistiam à agora desinteressante presença holandesa. A Batalha das Tabocas e de Guararapes foram dois grandes golpes que enfraqueceram o poderio dos invasores em terras tupiniquins. Já não podendo fazer frente às tropas luso-pernambucanas, os holandeses encerraram seu período de dominação com a derrota na batalha de Campina da Taborda, em 1654.

Ainda consta que, para garantir a reintegração de suas posses, Portugal concedeu uma indenização de 63 toneladas de ouro. A Holanda, já enfraquecida com os conflitos no cenário americano e europeu, optou pela retirada de suas tropas e o aceite da indenização. Expulsos do Brasil, os holandeses rumaram para as Antilhas onde passaram a produzir um açúcar mais barato que influenciou na crise açucareira do nordeste brasileiro.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Holandeses no Brasil: E se o Brasil tivesse sido colonizado pela Holanda?


"E se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses?"

Eis uma pergunta que já passou pela cabeça de muita gente. No entanto, para a História não existe o "se", mas apenas o que aconteceu. Para os historiadores, não existe sentido em especular a respeito de "realidades alternativas" ou de "universos paralelos", eles preferem deixar essa tarefa para os escritores de ficção científica.

Em todo caso, esse tipo de pergunta demonstra que existe um interesse popular pelo tema da presença holandesa no Brasil. Afinal, se um episódio do passado é capaz de estimular a imaginação das pessoas, é porque esse episódio ainda desperta paixões no presente.

Para sairmos do campo da especulação e partirmos para o da história propriamente dita, vamos reformular a pergunta : "As colônias holandesas se tornaram países mais desenvolvidos que o Brasil, uma ex-colônia portuguesa?" A resposta para essa pergunta será negativa e este artigo mostrará elementos que nos permitem chegar a esta conclusão.


Colonizadores e colonizados
Em primeiro lugar, devemos ter consciência de que toda colonização é uma relação de dominação, o que implica dominadores (colonizadores) e dominados (colonizados). Portanto, dizer que a colonização realizada por um país foi "melhor" do que a realizada por outro é sempre discutível. Afinal, foi "melhor" para quem? Do ponto de vista do colonizador ou do colonizado?

Para o colonizador, a colonização é um sucesso quando ele consegue explorar as riquezas da colônia e obter lucro com elas. O que é sucesso para o colonizador, pode ser tragédia para quem foi colonizado. Do ponto de vista de todos os povos que habitavam a América na época da chegada de Colombo, todos os colonizadores europeus (fossem eles portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses ou franceses) foram de alguma foram nocivos, seja trazendo doenças, seja escravizando, seja destruindo as culturas indígenas.


Pernambuco sob domínio holandês
Muitos livros e documentários atuais sobre o período em que Pernambuco esteve sob domínio holandês (1630-1654) destacam as realizações de
Maurício de Nassau, conde que governou o "Brasil holandês" durante sete anos, de 1637 a 1644. As realizações mais lembradas nesses livros e documentários são o fato de Nassau ter permitido a liberdade religiosa para católicos e judeus (apesar da oposição de alguns compatriotas seus, que eram de maioria protestante), as melhorias feitas na cidade Recife (construção de pontes, calçamento de ruas etc.) e de ter trazido artistas e cientistas da Europa para o Brasil, dentre os quais o pintor Frans Post, que retratou as paisagens locais, e o cientista Georg Marcgraf, que estudou a fauna e a flora brasileiras.

No entanto, apesar da importância do trabalho dessas medidas, desenvolver o urbanismo e estimular as artes e as ciências não eram os principais objetivos do governo holandês em Pernambuco. Os objetivos das autoridades holandesas que dominaram parte do Nordeste brasileiro eram controlar a produção e o comércio de açúcar, que, na época, era o principal produto brasileiro de exportação, e o tráfico de escravos de origem africana no Atlântico Sul.


O lucrativo tráfico de escravos
Esse tráfico era extremamente lucrativo e também estava ligado ao açúcar, pois a mão de obra que trabalhava nos engenhos era formada por escravos. Ou seja, o que moveu a presença holandesa no Brasil foram interesses puramente comerciais. Prova disso é o fato de que as invasões holandesas foram organizadas por uma empresa particular, a Companhia das Índias Ocidentais. Essa empresa tinha a autorização e o apoio do governo da Holanda para atacar e saquear navios e colônias de países inimigos a fim de obter riquezas nos continentes americano e africano.

Vale lembrar que os holandeses atacaram o Brasil durante o período da União Ibérica (1580 a 1640), quando o rei da Espanha herdou a coroa portuguesa. Isso aconteceu porque o rei dom Sebastião, que morreu em 1580, não deixou herdeiros, aproveitando-se disso, o rei da Espanha, Filipe 2º, que era primo de dom Sebastião, reivindicou o trono português. Assim, o Brasil, que era colônia de Portugal, esteve durante esse período sob o domínio da Espanha, que era rival da Holanda.

A Companhia das Índias Ocidentais também autorizava e apoiava o tráfico de escravos africanos. Esses escravos não eram trazidos apenas para o Brasil, mas também para o Caribe e para a então colônia inglesa da Virgínia, na América do Norte. Pernambuco era para os holandeses um entreposto para o comércio de escravos. Num relatório enviado para a Companhia das Índias Ocidentais, o próprio Maurício de Nassau afirmava que no Brasil nada podia se fazer sem escravos. Nesse mesmo relatório, Nassau recomendava que se aumentasse a importação de escravos. Por isso, o tráfico de escravos trazidos da África aumentou consideravelmente durante o domínio holandês em Pernambuco.


Holandeses no Suriname e na Indonésia
Após serem expulsos do Brasil pelas forças luso-brasileiras, os holandeses continuaram praticando o tráfico de escravos e explorando a utilização do trabalho escravo em engenhos produtores de açúcar. Desta vez, nas Antilhas. Por causa da concorrência com o açúcar produzido nas Antilhas, o preço do açúcar produzido no Nordeste brasileiro chegou a cair pela metade no período entre 1650 e 1700. No entanto, apesar dessa queda, o açúcar continuou sendo um dos principais produtos exportados pelo Brasil e a sua venda voltou a aumentar a partir da última década do século 18.

Como vimos, o domínio holandês no Brasil foi bem diferente da imagem romântica que se criou em torno dele. Uma imagem tão exagerada que, até hoje, é comum atribuir aos holandeses qualquer construção arquitetônica antiga que chame a atenção, mesmo que tenha sido construída após a volta do domínio português. Por fim, para aqueles que ainda persistem em acreditar que subdesenvolvimento é exclusividade das ex-colônias portuguesas, vale destacar que o Suriname, país que faz fronteira com o Brasil, e a Indonésia são dois exemplos de ex-colônias holandesas. E tanto o Suriname quanto a Indonésia são países sub-desenvolvidos e com graves problemas socioeconômicos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Invasão Holandesa: Portugal perde Pernambuco para Holanda


Invasão Holandesa: Portugal perde Pernambuco para Holanda

Nove anos após a
expulsão dos franceses, o território colonial brasileiro sofreu uma invasão holandesa, em 1624. Os motivos que traziam os holandeses ao Brasil eram muito diferentes.

Para compreendê-los, é necessário fazer algumas considerações sobre o período em que Portugal (União Ibérica) esteve sob o domínio espanhol, bem como sobre as relações internacionais da Espanha.

Após ter emergido como potência européia, a Espanha perseguiu o objetivo de unificar toda a península ibérica, incorporando Portugal ao seu território. Os portugueses resistiram enquanto puderam. Mas, no século 16, alguns acontecimentos contribuíram para a Espanha concretizar seus objetivos.

Em 1578, o rei dom Sebastião, último monarca da dinastia de Avis, morreu e não deixou herdeiros. Então, o cardeal dom Henrique, único sobrevivente masculino da linhagem de Avis, assumiu a regência. Com sua morte, em 1580, o rei da Espanha, Felipe 2º; da mesma linhagem familiar, achou-se no direito de ocupar o trono português e invadiu Portugal. O domínio espanhol sobre Portugal duraria 60 anos, até 1640.

Espanha e Holanda
Contudo, antes disso, Portugal já havia estabelecido relações comerciais com os ricos negociantes holandeses, que passaram a financiar a produção açucareira no Brasil e a controlar toda a sua comercialização no mercado europeu. Por outro lado, no mesmo período, a Espanha pretendia dominar todo o território dos Países Baixos, na qual a Holanda estava situada, pois a circulação de mercadorias naquela região contribuía significativamente para abastecer os cofres do tesouro espanhol.

Não obstante, em 1581, sete províncias do Norte dos Países Baixos, incluindo a Holanda, criaram a República das Províncias Unidas e passaram a lutar por sua autonomia em relação aos espanhóis. Ao incorporar Portugal, aproveitando-se do seu controle sobre o Brasil, a Espanha planejou impedir que os holandeses continuassem a comercializar o açúcar brasileiro. Era uma tentativa de sufocar economicamente a Holanda e impedir sua independência.

As invasões holandesas
Os holandeses reagiram rapidamente, concentrando seus esforços no controle das fontes dos produtos que negociavam. Surgiu assim, em 1602, a Companhia das Índias Orientais. Essa empresa, de porte enorme, se apossou dos domínios coloniais portugueses no Oriente. Em decorrência dos êxitos desse empreendimento, os holandeses criaram, em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais. Esta ficou encarregada de recuperar o controle do açúcar brasileiro e monopolizar o seu comércio nos mercados europeus.

Para controlar a produção e comercialização do açúcar era necessário ocupar e se apoderar de partes do território colonial brasileiro onde ele era produzido. Desse modo, contando com uma frota composta de 26 navios e 500 canhões, os holandeses iniciaram sua primeira invasão do Brasil em 1624. Atacaram a cidade de Salvador, na época o centro administrativo da colônia. Mas, um ano após terem chegado, foram expulsos, sem grandes dificuldades.

Uma segunda tentativa de invasão se deu em 1630, dessa vez em Pernambuco. Os holandeses conseguiram conquistar as vilas de Olinda e Recife. Houve combates, mas os invasores holandeses resistiram e estabeleceram o controle de uma extensa parte do litoral brasileiro que ia do Sergipe ao Maranhão. A Companhia das Índias Ocidentais nomeou um governador para administrar o domínio recém conquistado, que ficou conhecido como o Brasil-holandês.

Maurício de Nassau
Para o cargo de governador, foi nomeado o conde João Maurício de Nassau, que chegou ao Recife em janeiro de 1637. No período em que governou o Brasil-holandês, entre 1637 a 1644, Nassau procurou estabelecer uma administração eficiente e um bom relacionamento com os senhores de engenho da região. Desse modo, foram colocados a disposição dos proprietários de engenho recursos financeiros, para serem utilizados na compra de escravos e de maquinário para o fabrico do açúcar.

Nassau também criou as Câmaras dos Escabinos, que eram órgãos de representação municipal, a fim de estimular a participação política da população nas decisões de interesse local. Durante o governo de Nassau, as vilas de Recife e Olinda passaram por um intenso processo de urbanização e melhoramentos que mudaram completamente a paisagem local.

Com o fim do domínio espanhol sob Portugal, em 1640; o novo rei português, D. João 4º, decidiu recuperar o Nordeste brasileiro retirando-o do domínio holandês. Esse período coincidiu com o descontentamento dos senhores de engenho do Nordeste brasileiro diante dos holandeses. Nassau já havia partido e, para explorar ao máximo a produção do açúcar brasileiro, a Holanda adotou inúmeras medidas impopulares, em especial o aumento dos impostos, o que contrariava os interesses dos proprietários de engenho.

Batalhas contra os holandeses
A luta contra os holandeses no Nordeste brasileiro foi iniciada pelos próprios senhores de engenho da região e durou cerca de dez anos. Sob iniciativa dos senhores, os colonos da região foram mobilizados e travaram várias batalhas contra os holandeses. As mais importantes foram a de Guararapes e Campina de Taborda.

Mas a expulsão definitiva dos holandeses teve início em junho de 1645, em Pernambuco, através da eclosão de uma insurreição popular liderada pelo paraibano André Vidal de Negreiros, pelo senhor de engenho João Fernandes Vieira, pelo índio Felipe Camarão e pelo negro Henrique Dias. A chamada Insurreição Pernambucana, chegou ao fim em 1654, tendo libertado o Nordeste brasileiro do domínio holandês.

Porém, a expulsão dos holandeses do território brasileiro teria um impacto negativo sobre a economia colonial. Durante o período em que estiveram no Nordeste, os holandeses tomaram conhecimento de todo o ciclo da produção do açúcar e conseguiram aprimorar os aspectos técnicos e organizacionais do empreendimento. Quando foram expulsos do Brasil, dirigiram-se para as Antilhas, ilhas localizadas na região da América Central.

O fim de um ciclo açucareiro
Lá montaram uma grande produção açucareira que, em pouco tempo, passou a concorrer com o açúcar do Brasil e logo se impôs no mercado europeu. Conseqüentemente, provocou a queda das exportações brasileiras. Já na segunda metade do século 17, os engenhos brasileiros estavam em decadência.

Era o fim do chamado ciclo da cana-de-açúcar na história econômica do Brasil. Restava a Portugal encontrar outros meios para explorar economicamente a Colônia. Um novo ciclo de exploração colonial teria início com a descoberta de riquezas minerais como o ouro, a prata e os diamantes, na região que ficaria conhecida como a das Minas Gerais.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Independência da América Espanhola


A Independência das colônias americanas da Espanha·

Desde o final do século XVIII o Iluminismo teve forte penetração na América. Apesar de várias mudanças na Europa, a elite colonial permaneceu no poder das colônias americanas.

Seguindo ideais da Independência do EUA, pois mantinha a escravidão mesmo após a independência, diferentemente da Revolução Francesa, a elite criolla americana iniciou o processo de independência, porém garantindo que não haveria muitas mudanças no sistema de governo.

Criollos era a comunidade que representava a elite da sociedade colonial da América Espanhola. O pacto colonial mantinha os criollos unidos aos colonizadores que impediam o avanço de rebeliões.

Da guerra civil ao rompimento com a metrópole

Quando a Espanha foi dominada pelas tropas francesas de Bonaparte tornou-se mais fácil iniciar o movimento pela independência da América Espanhola, quando os criollos se uniram a este movimento.

A primeira fase do processo de independência foi uma guerra civil entre colonos que durou de 1810 a 1814 – a Inglaterra, adversária de Bonaparte, apoiou os colonos. Napoleão Bonaparte foi derrotado pela Inglaterra na Europa, mas ainda assim os ingleses permaneceram ao lado dos americanos que contaram ainda com apoio dos EUA – esta foi a Segunda Fase, de 1815 a 1824. A América iniciou o processo de independência.

O movimento de Independência da América espanhola

Miguel Hidalgo y Costila: padre que liderou em 1810 um movimento popular radical com ideais iluministas. Lutava pela abolição dos tributos indígenas e da escravidão. O alto clero espanhol o excomungou da Igreja em 1811. Hidalgo foi preso e fuzilado.

José Maria Morelos y Pavón: declarava como inimigos todos os membros da elite, os ricos e nobres, continuando o movimento popular de Hidalgo. Também era padre e em 1815 acabou preso e executado.

Augustín Iturbide: foi nomeado pela Espanha para combater o movimento pela independência liderado por Vicente Guerreiro. Iturbide se converteu aos emancipacionistas e fez um acordo com os rebeldes, o Plano Iguala em 1821, determinando a libertação da região do México.

Manuel Belgrano e San Martín: eram membros da elite criolla e, após várias vitórias militares, declararam no Congresso de Tucumã a independência da Argentina.

San Martín e Bernardo O’Higgins: Após a independência da Argentina San Martín se uniu ao outro criollo O’Higgins e partiu pela libertação do Chile. Depois foram em direção do Peru que tinha sua elite resistindo a independência por temerem as mudanças sugeridas por Túpac Amaru II.

Simon Bolívar: garantiu apoio da Inglaterra e dos EUA conseguindo libertar a Venezuela, a Colômbia e o Equador. Após, se dirigiu ao Peru e se uniu às tropas de San Martin que havia se afastado por perder o prestígio de liderança, quando Bolívar garantiu a independência do Peru. Garantiu apoio do general José Suere e proclamou a independência da Bolívia.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Civilização Persa


Civilização Persa

No segundo milênio antes de Cristo, o planalto Iraniano foi ocupado pelos persas e pelos medos dois povos de origem indo-européia, que se enfrentaram pela hegemonia da região onde hoje se situa o atual Irã.

Em 550 a.C., os persas submeteram os medos conquistaram o Irã e deram início à formação de um vasto império que se estendeu da Ásia, norte da África, Mesopotâmia, até o Mar Mediterrâneo.

Os persas destacaram-se na habilidade administrativa: o rei enviava fiscais, conhecidos como "os olhos e os ouvidos do rei", que tinham a função de controlar a arrecadação dos tributos e ficar atentos a possíveis insatisfações, solucionando o problema antes que se transformassem em rebeliões.

A organização social persa obedecia ao padrão clássico da antiguidade: as terras e o comércio estavam concentrados na mão do rei e da família real, dos nobres e dos oficiais do exército.O restante da sociedade vivia na pobreza trabalhando no regime de servidão ou de escravidão, ou alistando-se no exército.

Praticavam uma religião denominada masdeísmo onde um deus chamado Ahura-Mazda (o bem) lutava com um deus chamado Arimã (o mal) de acordo com essa religião as pessoas devem ter um comportamento correto para que o bem vença o mal.

Apesar de sua organização administrativa o império persa foi derrotado pelo poderoso império macedônico liderado por Alexandre por volta de 330 a.C. a Pérsia foi incorporada a Macedônia

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Revolta da Chibata


...levante aconteceu a cem anos atras...

A Revolta da Chibata ocorreu em 22 de novembro de 1910, no Rio de Janeiro, com a revolta dos marinheiros. Naquele período era comum açoitar com chibatadas os marinheiros, tudo com intuito de discipliná-los.

Através dessa prática violenta os marinheiros se revoltaram principalmente depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues levou 250 chibatadas diante de todos os presentes no navio, desmaiou e continuou sendo açoitado.

Sempre em uma revolta ou manifestação uma pessoa toma a frente para encorajar os outros, nesse caso o Almirante Negro, o Marujo João Cândido, foi o primeiro a esboçar uma ação contrária aos castigos das chibatas.

Na baía de Guanabara encontravam-se vários navios que foram tomados pelos rebeldes, além disso, começaram a controlá-los retirando todos oficiais, aqueles que causassem resistência à ocupação eram assassinados, e se caso o governo não atendesse suas exigências ameaçavam lançar bombas na cidade.

Após o conflito, passaram-se quatro dias e, então, o Presidente Hermes da Fonseca decretou o fim da prática violenta de castigos e perdoou os marinheiros.

Entretanto, quando foram entregar as armas notaram que tinham sido enganados pelo presidente que, automaticamente, retirou da corporação da Marinha todos aqueles que compunham a revolta, além de João Cândido o líder, com isso foram depositados no fundo de navios e prisões subterrâneas na Ilhas das Cobras.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reforma protestante - Contrarreforma


A Contrarreforma, de modo geral, consistiu em um conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o surgimento das religiões protestantes. Longe de promover mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do catolicismo, a Contrarreforma estabeleceu um conjunto de medidas que atuou em duas vias: atuando contra outras denominações religiosas e promovendo meios de expansão da fé católica.

Uma das principais medidas tomadas foi a criação da Companhia de Jesus. Designados como um braço da Igreja, os jesuítas deveriam expandir o catolicismo ao redor do mundo. Contando com uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e asiático. Utilizando um sistema de rotinas e celebrações religiosas regulares, a Companhia de Jesus conseguiu converter um grande número de pessoas nos territórios coloniais europeus.

A Inquisição, instaurada pelo Tribunal do Santo Oficio, outra instituição eclesiástica criada na Contrarreforma, teve como principal função combater o desvio dos fiéis católicos e a expansão de outras denominações religiosas. Além de perseguir protestantes, a Santa Inquisição também combateu judeus e islâmicos, que eram considerados pecadores e infiéis. Entre outras formas, a Inquisição atuava com a abertura de processos de investigação que acatavam denúncias contra hereges e praticantes de bruxaria. Caso fossem comprovadas as denúncias, o acusado era punido com sanções que iam desde o voto de silêncio até a morte na fogueira.