sexta-feira, 29 de abril de 2011

Qual é o significado da palavra Sesmarias


Qual é o significado da palavra Sesmarias

As sesmarias eram as terras doadas, pela Coroa Portuguesa, a particulares, notadamente pessoas consideradas detentoras de merecimento, com o fim de promover a apropriação do território colonial, estimular a produção e trazer retorno financeiro para os cofres do reino.

Embora estivesse em declínio na Europa, esse sistema medieval foi transplantado para o Brasil a partir do início efetivo da ocupação do solo brasileiro em 1530 e perdurou até a independência do país em 1822.

Utilizado de forma desordenada, gerou concentração de terras nas mãos de poucos proprietários, possibilitando à consolidação da plantation, sistema agrícola baseado na monocultura, que se utiliza de grandes áreas rurais e mão-de-obra escrava. Os latifúndios, que ainda hoje existem no Brasil, tiveram origem nessa forma de destinação do espaço físico.

A posse da terra era garantida pelas cartas de sesmarias, devendo o beneficiário ocupar e cultivar a terra em determinado período de tempo, sob pena de perder a concessão. Para tanto, deveria, por sua conta e risco, enfrentar os índios, obter a força de trabalho necessária, preparar o terreno, organizar as atividades produtivas, erguer construções, garantir a ordem. Caso obtivesse êxito, poderia ter o domínio definitivo.

Os sesmeiros, aqueles que recebiam as doações, eram assim chamados pelo dever de pagar o equivalente a um sexto do que produzissem.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Arte islãmica... os arabescos



Arabescos

Um arabesco é uma elaborada combinação de formas geométricas frequentemente semelhantes às formas de animais e plantas. Os arabescos são um elemento da arte Islâmica, normalmente usados para enfeitar as paredes das mesquitas. A escolha das formas geométricas e a maneira como devem ser usadas e formatadas é fruto da visão Islâmica do mundo.

Afinal o que vem a ser os arabescos?

O termo surgiu na língua italiana, durante o século XVII, com o significado à moda árabe, para se referir a algo bem mais antigo aqueles intrincados desenhos com padronagens geométricas vistos tradicionalmente em tapetes persas e na arquitetura dos países muçulmanos.

Suas formas são quase sempre abstratas, com raríssimas exceções figurativas (geralmente flores, frutas e plantas entrelaçadas). Isso porque apesar de ter se originado com os artesãos helênicos da Ásia Menor, em torno do século III a.C. esse estilo decorativo foi adaptado e consagrado pelos artistas árabes que o adotaram a partir do século XI d.C.

O motivo dessa restrição é essencialmente religioso, obedecendo à lei islâmica que proíbe qualquer representação da figura do homem e de outros animais como idolatria, um pecado gravíssimo. Segundo o Alcorão, somente Alá tem o poder de dar forma aos seres vivos. Daí vem a condenação muçulmana da arte figurativa.

Para os Muçulmanos, essas formas em conjunto, constituem um padrão infinito que se estende para além do mundo visível e material. Para muitos no mundo Islâmico, tais formas simbolizam o infinito, e por conseguinte, a natureza abrangente da criação do Deus único (Alá). O artista de Arabescos Islâmicos consegue então uma forte espiritualidade sem a iconografia da arte Cristã.

Os arabescos não apenas tornaram-se uma das marcas registradas da ocupação da Península Ibérica pelos mouros, entre os séculos VIII e XV, como tiveram, mais tarde, forte influência em estilos artísticos europeus como o barroco e o art nouveau.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

O início do Estado Novo (1937)


O início do Estado Novo (1937) O Estado Novo é o nome que se deu ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado, no campo político, por um governo ditatorial.

Contextos...

A Grande Depressão econômica internacional estendeu-se por toda a década de 1930. Afetou também o Brasil, ampliando o desemprego e diminuindo os salários.

As lutas políticas internacionais também tiveram repercussão no Brasil. Em 1932, foi criada a Ação Integralista Brasileira, liderada por Plínio Salgado. Tratava-se de um partido similar ao dos fascistas. Do outro lado, em oposição ao agravamento das condições de vida da população, ao autoritarismo governamental e ao integralismo de Plínio Salgado, formou-se a Aliança Nacional Libertadora. Pela primeira vez no Brasil, um movimento de massas, difundido por todo o país, declarava-se democrático, antiimperialista e reformista.

A adesão popular à Aliança Nacional Libertadora superou as expectativas. Foram formados 1600 núcleos, com um total de quatrocentos mil filiados. Temeroso, o governo Vargas fechou os núcleos e extinguiu o partido. Diante disso, um setor com predominância comunista, avaliando ser possível uma revolução social no país, tentou uma insurreição. O movimento causou varias mortes, sendo controlado após quatro dias de levante. Esse episódio passou a ser conhecido por Intentona Comunista de 1935.

Em 1938, deveriam ser realizadas eleições para a presidência da República. Vargas antecipou-se. Com o apoio dos generais Góes Monteiro e Eurico Dutra, deu um golpe, fechou o Congresso Nacional, publicou uma Constituição outorgada (imposta) com várias características antidemocráticas e suprimiu os partidos políticos. Essa ditadura foi denominada Estada Novo.

Os integralistas se apresentavam nos comícios e passeatas usando uniformes muito semelhantes aos usados pela juventude nazista alemã. Nesta foto de 1934, eles estão a caminho de São Paulo para participarem de ato na Praça da Sé.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Arte Bizantina


A Arte Bizantina...propagação da cultura greco-romana e utilização das artes em geral para exaltar ideais religiosos numa combinação de elementos culturais do Oriente e do Ocidente.

A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria.

A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus.

A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas.

O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do império.

Arquitetura

O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega.

A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.

Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apolinário e São Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula central sustentadas por colunas e os mosaicos como elementos decorativos.

Pintura e Escultura

A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação.

Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham.

Mosaicos

O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-se ainda a figura dos profetas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Iluminismo


Como a expressão sugere, fez-se luz no século XVIII…

Após um período de claras mudanças na cultura e na mentalidade do homem, conhecido como Renascimento, a força das ideologias herdadas da Idade Média estava cada vez menor. A visão teocêntrica, na qual tudo gira em torno da religião, foi sendo substituída gradativamente pela visão antropocêntrica, onde o homem é o centro do universo.

Durante os séculos XVII e XVIII, graças ao desenvolvimento intelectual obtido no Renascimento, o homem passou a refletir mais sobre o mundo que o cercava, tendo chegado à conclusão de que era preciso rever suas práticas políticas, econômicas e ideológicas.

Os pensadores da época baseavam-se na tese de que a vida em sociedade deveria servir para proporcionar felicidade, justiça e igualdade, algo muito diferente do que ocorria na época. Desta forma, esses filósofos passaram a condenar o absolutismo, o mercantilismo e a mentalidade imposta pela Igreja.

Tal movimento, originado na Inglaterra, Holanda e França, ficou conhecido como Iluminismo, uma vez que “iluminava” os aspectos “escuros” da Idade Média. Para os iluministas, a grande maneira de se construir uma sociedade com igualdade, fraternidade e igualdade seria por meio do uso da razão. Por esse motivo, acreditavam que as crenças religiosas e o misticismo bloqueavam, de certa forma, o uso da razão.

Por esse motivo, passaram a criticar a Igreja Católica, embora não deixassem de crer em Deus. A burguesia se interessou grandemente pelos ideais iluministas, uma vez que necessitava ter um poder político semelhante ao seu poder econômico, assim, ir contra o absolutismo era algo bastante viável.

Os principais filósofos deste período foram John Locke, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Diderot e Jean Le Rond d´Alembert. O iluminismo foi de suma importância para desenvolvimento dos direitos civis, para a consolidação dos estados-nações e para a ocorrência das profundas transformações políticas futuras, como a Revolução Francesa e a independência de muitas colônias americanas, por exemplo.