sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aspectos relevantes do trabalho do professor e do aluno


Aspectos relevantes do trabalho do professor

O professor de História, com sua erudição e capacidade de estabelecer o maior número possível de relações de sentido entre os dados alcançados, é quem irá resgatar os fatos, a sensibilidade e a sociabilidade de um outro tempo.

A imaginação criadora do professor de História é fundamental para a construção da coerência de sentido da mediação que permite ir e vir entre o passado e o presente, entre o local e o regional, e entre o nacional e o mundial.

O grande desafio do professor de História talvez seja o de mediar a reconstrução do passado como um ato de cultura, que envolve um processo de negociação de significados.

O trabalho do aluno

O referencial assumido permite aos alunos aprenderem a recuperar as fontes e documentos históricos como formas diversas de registro e de ações humanas. A intenção é de que sejam capazes de compreendê-los como um produto estruturado que diz respeito a determinada história e que, no espaço escolar, aperfeiçoa a ordem da investigação do estudo de interpretação.

No trabalho com a História, os alunos aprendem a realizar inferências, análises e interpretações acerca da sociedade atual. Nesse processo, elaborar a memória como construção da identidade individual e coletiva faz evidenciar o papel dos nossos alunos no processo histórico.

Essa postura fomenta a capacidade de pensar, organizar racionalmente os fragmentos de informações e buscar sentido em esquemas de significados.

Queremos que eles aprendam a atribuir sentido produzindo explicações sobre a realidade. O que importa analisar é a História que temos e que vamos levar!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Estudar História é...

Vamos partir de uma pergunta despretensiosa: O que estudamos em história?

De modo simplificado podemos dizer que estudamos nossas relações sociais, culturais, políticas e econômicas; nossos comportamentos que têm por base nossas relações; nossa existência que se manifesta nas produções com as quais marcamos nossa passagem pelo mundo. Estudamos a vida humana tanto do ponto de vista de sua temporalidade como os processos que produzem os fatos dentro de um determinado período de tempo. Dessa forma, podemos dizer que a História relaciona-se com o Tempo. E, mais especificamente, ela relaciona-se com o passado visto a partir do presente. Ou, ainda, é o presente, procurando dar um sentido e uma explicação para o passado.

Mas, alguém pode perguntar: como estabelecer o contato com o passado? É possível estudar o passado? Voltaremos a isso mais adiante!

A marca humana ao longo dos anos, dentro do processo histórico, é, ao mesmo tempo, processo de produção da cultura e uma necessidade de perpetuação que se realiza pelo registro. Essa perpetuação se dá mediante os documentos, os vestígios e as marcas que compõem o patrimônio histórico e são o resultado da ação humana no tempo-espaço determinados. Ou seja, em sua temporalidade o ser humano produz marcas culturais e patrimoniais. Essas marcas servem não só para registrar a presença, mas também para perpetuar o evento, o fato ou os processos que produziram os fatos.

Todos os processos sociais, políticos, econômicos, ideológicos, marcam o tempo e o espaço. Em razão disso podemos dizer que tudo que fazemos pode ser chamado de cultura; que pode ser imortalizado nos elementos patrimoniais está inserido nas categorias tempo e espaço. A história dedica-se aos processos temporais, os quais, como sabemos, ocorrem em espaços determinados. O processo histórico, que é temporal, ocorre localmente. Daí a afirmação de que a história necessita de outras ciências: geografia, antropologia, sociologia, filosofia, etc. Embora cada uma dessas e de outras ciências possuam seus objetos específicos, a história se beneficia com seus avanços, pois, tudo acontece dentro das confrontações: tempo-espaço, portanto, todas as realizações são históricas.

Normalmente, em história, nos dedicamos à busca da compreensão das relações que ocorrem nas sociedades. Relações que envolvem os processos e aspectos da política, da economia e das relações sociais. Podemos dizer que todos os processos humanos envolvem esses três aspectos: A economia que é a base da sociedade é também a base das relações sociais e nestas se manifestam as relações de poder ou a política que dá sustentação ou abre perspectivas para as relações econômicas.

Sendo assim podemos dizer que estudar história é buscar a compreensão dos processos que produziram os fatos que marcaram o tempo. Isso é possível por que todas as coisas têm história e podemos estudar a história de tudo. Tudo que acontece e que aconteceu é história. A história, portanto, trabalha com o passado ou com as relações humanas do passado – mas faz isso no presente do historiador que é alguém situado em uma sociedade distinta daquela que é estudada. E já que tudo tem história, em tudo está a marca humana, assinalando as relações temporais.

Essa afirmação está em consonância com o que podemos ler nos PCN do Ensino Médio, ao afirmar que: a pesquisa histórica esforça-se atualmente por situar as articulações entre a micro e a macro-história, buscando nas singularidades dos acontecimentos as generalizações necessárias para a compreensão do processo histórico. Na articulação do singular e do geral recuperam-se formas diversas de registro e de ações humanas tanto nos espaços considerados tradicionalmente como os do poder, como o do Estado e das instituições oficiais, quanto nos espaços privados das fabricas e oficinas, das casas e das ruas, das festas e das sublevações, das guerras entre as nações e dos conflitos diários para sobrevivência, das mentalidades em suas permanências de valores e crenças e das transformações advindas com a modernidade da vida urbana em seu aparato metodológico.
À questão sobre o que estudamos em história, podemos responder dizendo que são as relações humanas a partir de suas marcas sociais, econômicas, políticas e culturais. Não esquecendo que essas ações humanas, também são resultantes de outras ações que as produziram. Não é demais, portanto, dizer que a história, enquanto ação humana, produz história, que são novas ações humanas. Neste ponto podemos colocar a indagação sobre como entender essas ações? Com quais instrumentos teóricos o homem atual, pode voltar-se para o passado, na busca de sua compreensão? E mais, é possível compreender o passado?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Como estudar História - parte III

Um outro olhar sobre...

Captar as diferentes formas como os homens concebem a vida e transformam-na em diversos momentos históricos, como se relacionam entre si e com a natureza são objetivos do ensino de História, que permite ao aluno ter uma maior compreensão da sua realidade, pelo confronto com as demais, percebendo as rupturas e permanências e reconhecendo-se como sujeito histórico, ativo no processo de aprendizagem.

Entendendo por sujeitos históricos indivíduos, grupos, classes sociais, participantes de acontecimentos de repercussão coletiva ou situações cotidianas na busca pela transformação ou continuidade de suas realidades, valoriza-se o indivíduo ou os grupos anônimos, enquanto protagonistas da construção de suas histórias, e não meras sombras dos feitos heróicos dos grandes personagens.

Por isso, a disciplina de História não pode e não irá reduzir-se unicamente a informações sobre o passado, mas:
 passar aos alunos a concepção de mundo, a visão de realidade que imperava nas diversas épocas;
 fazer os alunos entenderem que as relações sociais de produção, as relações de trabalho e as relações com o mundo, são responsáveis por impulsionar uma determinada época na busca de alternativas;
 fazer com que percebam que foram as condições da época que permitiram determinadas ações;
 captar as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento do conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas ações.

Para a compreensão de que, por trás de um fato relatado, existem as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que o produzem, recorre-se a uma multiplicidade documental que abrange não só o escrito e institucional, mas também os filmes, os artigos de jornais e revistas, as imagens, os relatos orais, os objetos e os registros sonoros.

O contato com esta diversidade de fontes possibilita ao aluno perceber as diferentes temporalidades existentes simultaneamente e/ou ao longo da história, reconhecendo também sua realidade como múltipla, conflituosa e complexa, encarando o conhecimento histórico não como uma sucessão de fatos no tempo, mas sim como ações humanas organizadas transformadoras de um dado momento.

Tendo em vista tal proposta, o intercâmbio com conceitos trabalhados por outras disciplinas torna-se imprescindível para que o aluno, em confronto com novos procedimentos de reflexão e análise, desenvolva a capacidade de interpretar características da sua realidade e relacione-as com às informações históricas. Desta forma, o aluno passa a ter uma dimensão mais ampla e significativa dos conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu conhecimento e passando a ter subsídios para construir o seu próprio saber.

A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os grupos, tanto os do presente quanto os do passado, a prática da pesquisa e a convivência com diferentes métodos de abordagem favorecem a formação de um aluno crítico, reflexivo e consciente do seu papel enquanto cidadão.

As atividades que deverão ser realizadas pelos alunos e que constituem a estrutura do curso são: leitura e análise de textos; resumos, pesquisas e redações; discussões em painéis; transposições de linguagem; testes de revisão e avaliações.
Mantendo a perspectiva curricular de integração sistemática com disciplinas afins, o curso de História tem como objetivo levar o aluno a desenvolver as seguintes habilidades:
 analisar a época em que vive, situando-se diante dos problemas atuais, com base numa visão de evolução econômica, política, social e cultural da humanidade;
 identificar o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;
 aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade brasileira, a fim de melhor interpretá-la, e nela atuando;
 expor idéias de forma clara e compreensível nas atividades e avaliações propostas.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Como estudar História - parte II

Outras dicas legais de...

E dando prosseguimento ao assunto anterior, hoje trago mais dicas de aprendizagem e do estudo de História. Sendo assim, seguem abaixo algumas expressões que aparecem freqüentemente nas provas de História. Suas definições foram retiradas de dicionários e, portanto, além destas que você encontrará aqui, existem centenas de outras expressões que você mesmo(a) pode e deve pesquisar.

a) Citar: é mencionar o nome de algo; é fazer referência a algo; é mencionar algo como exemplo. ==> Quando a questão pede para que você cite, não há necessidade de explicar, comentar ou justificar. Apenas cite.

b) Denominar: é pôr nome em algo; é indicar pelo nome; é nomear algo. ==> Como ocorre com a expressão acima (citar), não se deve entrar em detalhes explicativos. Apenas denomine.

c) Justificar: é a ação de dar uma causa, uma razão, um motivo para alguma coisa; é dar uma justificativa para uma coisa que está sendo afirmada ou negada; é demonstrar, provar ou fundamentar o que é apresentado. ==> Contrariamente ao que se faz em questões em que se pede citações ou denominações, aqui você deve ser mais cuidadoso(a) e redigir uma resposta coerente, verificando se você demonstrou e deu sentido ao que está sendo afirmado ou mesmo negado. Obs: No geral uma questão em que se pede para justificar é sempre precedida de uma afirmação ou negação sobre algo.

d) Explicar: é dar a razão de alguma coisa; é dar a razão de uma atitude; é expor por que tal coisa acontece ou aconteceu daquela maneira. ==> Nesse caso você também deve redigir uma resposta bem elaborada, dando conta de deixar bem claro os "comos" e "porquês" de tal situação, dependendo do que se pede para explicar. Note que não é para citar ou denominar fatos ou acontecimentos.

e) Relacionar: é estabelecer e/ou apresentar uma ligação, uma vinculação, uma semelhança entre uma coisa e outra coisa. . pode ser também estabelecer uma relação entre coisas diferentes, ou seja, confrontar. ==> Observe que em uma questão que você precise relacionar, serão apresentados os fatos para que você relacione, pois não se relaciona uma coisa com ela mesma. Aqui não se pode fazer apenas a explicação de uma coisa, menos ainda uma citação.

f) Transcrever: é reproduzir; é copiar textualmente; é copiar parte de um texto. ==> Em geral, questões desse tipo, são acrescentadas de outras questões em que se pedem para explicar o que foi transcrito.

g) Caracterizar: é dizer no que aquilo é distinto de outra coisa; é dar as características próprias de algo. ==> Nesse caso caracterizar algo é mostrar os aspectos próprios desse algo.

h) Comentar: é falar sobre alguma coisa; é conversar (escrever) acerca de tal fato ou acontecimento. ==> São questões mais abrangentes onde você tem liberdade de argumentar sobre o que se pede, sem contudo fugir ao tema que lhe é proposto.

i) Explicitar: é tornar algo explicado. ==> Corresponde a dar uma explicação e, portanto é igual ao item d.
O momento de fazer uma prova de História é apenas mais um momento da sua atividade de estudante, portanto a leitura atenciosa das questões e a calma e tranqüilidade no ato de respondê-las são importantes para o seu sucesso, que ocorrerá, com certeza, se você estiver sempre atento às instruções que lhe são oferecidas. Não se esqueça de que tudo aquilo que escrevemos merece ser lido primeiramente por nós mesmos, de forma que possamos corrigir os possíveis erros gramaticais e para nos certificarmos de que as nossas respostas têm sentido e coerência.

Por fim, você deve evitar o grande erro de acumular tudo para "estudar" um dia antes da prova. A prova é apenas um instrumento para avaliar o seu desempenho na disciplina e, para obter um bom resultado, tudo dependerá de como você procedeu durante todo o período de estudos. Por exemplo: *Você faz a leitura do capítulo indicado antes da aula? *Presta atenção às aulas e procura participar das discussões? *Realiza os exercícios sugeridos pelo professor? *Procura esclarecer suas dúvidas? * Faz uma revisão da matéria antes da prova (anotações de aula, resumo de capítulos, questões, releitura de textos, etc.)?

Se você respondeu sim para todas as perguntas, você já adotou um bom caminho para obter resultados positivos em seus estudos de História. Se você ainda não adotou estes procedimentos, mãos à obra...