sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Revolta da Chibata


...levante aconteceu a cem anos atras...

A Revolta da Chibata ocorreu em 22 de novembro de 1910, no Rio de Janeiro, com a revolta dos marinheiros. Naquele período era comum açoitar com chibatadas os marinheiros, tudo com intuito de discipliná-los.

Através dessa prática violenta os marinheiros se revoltaram principalmente depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues levou 250 chibatadas diante de todos os presentes no navio, desmaiou e continuou sendo açoitado.

Sempre em uma revolta ou manifestação uma pessoa toma a frente para encorajar os outros, nesse caso o Almirante Negro, o Marujo João Cândido, foi o primeiro a esboçar uma ação contrária aos castigos das chibatas.

Na baía de Guanabara encontravam-se vários navios que foram tomados pelos rebeldes, além disso, começaram a controlá-los retirando todos oficiais, aqueles que causassem resistência à ocupação eram assassinados, e se caso o governo não atendesse suas exigências ameaçavam lançar bombas na cidade.

Após o conflito, passaram-se quatro dias e, então, o Presidente Hermes da Fonseca decretou o fim da prática violenta de castigos e perdoou os marinheiros.

Entretanto, quando foram entregar as armas notaram que tinham sido enganados pelo presidente que, automaticamente, retirou da corporação da Marinha todos aqueles que compunham a revolta, além de João Cândido o líder, com isso foram depositados no fundo de navios e prisões subterrâneas na Ilhas das Cobras.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reforma protestante - Contrarreforma


A Contrarreforma, de modo geral, consistiu em um conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o surgimento das religiões protestantes. Longe de promover mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do catolicismo, a Contrarreforma estabeleceu um conjunto de medidas que atuou em duas vias: atuando contra outras denominações religiosas e promovendo meios de expansão da fé católica.

Uma das principais medidas tomadas foi a criação da Companhia de Jesus. Designados como um braço da Igreja, os jesuítas deveriam expandir o catolicismo ao redor do mundo. Contando com uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e asiático. Utilizando um sistema de rotinas e celebrações religiosas regulares, a Companhia de Jesus conseguiu converter um grande número de pessoas nos territórios coloniais europeus.

A Inquisição, instaurada pelo Tribunal do Santo Oficio, outra instituição eclesiástica criada na Contrarreforma, teve como principal função combater o desvio dos fiéis católicos e a expansão de outras denominações religiosas. Além de perseguir protestantes, a Santa Inquisição também combateu judeus e islâmicos, que eram considerados pecadores e infiéis. Entre outras formas, a Inquisição atuava com a abertura de processos de investigação que acatavam denúncias contra hereges e praticantes de bruxaria. Caso fossem comprovadas as denúncias, o acusado era punido com sanções que iam desde o voto de silêncio até a morte na fogueira.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Reforma protestante


Durante a passagem do mundo medieval para a Idade Moderna, o conjunto de transformações nas relações de poder é de importante destaque para a compreensão das chamadas Reformas Protestantes. Ou seja, as Reformas Protestantes podem ser interpretadas como uma expressão das contradições da passagem do feudalismo para o capitalismo.

Em toda Idade Média, o grau de intervenção da Igreja era de grande abrangência. O grande número de terras em posse da Igreja concedia uma forte influência sobre as questões políticas e econômicas das monarquias e reinos da época. Além disso, as novas atividades vinculadas à burguesia, principalmente no que se refere à prática da usura (cobrança de juros sobre empréstimo), eram consideradas de natureza pecaminosa.

Sob outro aspecto, a grande prosperidade material da Igreja veio acompanhada de uma verdadeira crise de valores e princípios. O comércio de relíquias sagradas, a venda de títulos eclesiásticos e indulgências eram algumas das negociatas praticadas pelos representantes do clero. Além disso, várias denúncias sobre a quebra do celibato e a existência de prostíbulos para clérigos questionavam a hegemonia da Igreja.

No Renascimento, as críticas à Igreja se manifestavam em diversos meios. As obras de Erasmo de Roterdã, Thomas Morus, John Wyclif e João Huss continham severas críticas aos problemas anteriormente apontados. Dessa forma, a transformações que se seguiam na Idade Moderna trouxeram à tona a criação de instituições religiosas com uma diferente base doutrinária cristã. Entre essas novas instituições podemos destacar o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo como exemplos das novas religiões protestantes surgidas no século XVI.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Renascimento artistico e cultural


Renascimento

O famoso movimento artístico denominado Renascimento desenvolveu-se entre 1300 e 1650. Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, literatura e das ciências , que superaram a herança clássica. Renascença sugere a idéia de oposição com a época precedente. Marca a volta às fontes do saber antigo, da arte antiga e o reinício dos estudos abandonados no milênio que medeia entre a queda do Império ocidental do século XV. Precisavam de homens públicos com capacidade para escrever e falar bem.

Com origem no Humanismo, a noção de Renascimento diz respeito à restauração dos valores do mundo clássico greco-romano. O ideal do renascentista é marcado pela crença em uma capacidade ilimitada da criação humana. A invenção da imprensa contribui para a disseminação de idéias. O espírito de inquietação estende-se à geografia e à cartografia, e o impulso de investigar o mundo leva às grandes navegações e ao descobrimento do Novo Mundo. Como conseqüência, ocorrem progressos técnicos e conceituais, além de questionamentos que abrem caminho para as reformas religiosas.

O Humanismo, estudo da antiga cultura greco-romana, está na origem do Renascimento e surge na Itália no século XIV. É favorecido pelo progresso econômico das cidades italianas, dominadas por uma rica burguesia, interessada nas letras e nas artes. Seus principais centros são Florença, Veneza e Roma e os primeiros grandes representantes, Francesco Petrarca (1304-1374) e Giovanni Boccaccio (1313-1375).

O Humanismo desenvolve-se de modo notável e atinge o apogeu na Itália, no século XV, em razão de fatores como a proteção dos mecenas (papas, bispos, reis, príncipes e banqueiros que reúnem obras clássicas, amparam os estudiosos da literatura grega e latina, fundam bibliotecas e embelezam seus palácios e igrejas); a fuga dos sábios bizantinos, grandes conhecedores da cultura clássica, para a Itália e a invenção da imprensa. Seus principais nomes nesse período são Erasmo de Roterdã (1460-1536) e Thomas Morus (1478-1535).

O Renascimento italiano é favorecido ainda, além dos fatores determinantes do Humanismo, por uma tradição clássica, já que o país abrigou o centro do Império Romano, e pelo crescimento econômico das cidades italianas. Grandes mestres do Renascimento italiano são Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo (1475-1564), Rafael (1483-1520), Ticiano (1477-1576) e Tintoretto (1518-1594). Entre os escritores, destaca-se Maquiavel (1469-1527).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A importância de Robespierre na Revolução Francesa


Político revolucionário francês
6/5/1758, Arrás, França e 28/7/1794, Paris, França

"O Governo revolucionário deve aos bons cidadãos toda a proteção nacional; aos inimigos do povo ele deve apenas a morte." Neste trecho de um discurso à Convenção, Maximilien Marie Isidore de Robespierre expressou o fanatismo que tomou conta da Revolução Francesa, no período que se seguiu à deposição da monarquia, conhecido como "Terror".

Filho de uma família da pequena burguesia, Maximilien Robespierre perdeu sua mãe cedo e foi depois abandonado pelo pai. Viajou a Paris com uma bolsa de estudos e, em 1781, graduou-se em direito. Exerceu a profissão de advogado em sua cidade natal, Arrás, com sucesso.

Em abril de 1789 Robespierre tornou-se deputado pelo Terceiro estado da região de Artois. Revelou-se um grande orador. Em abril de 1790, tornou-se membro do Clube dos Jacobinos, a ala mais radical dos revolucionários. A partir daí, adquiriu notoriedade e sua vida passou a estar intimamente associada aos acontecimentos da Revolução Francesa.

Em 1791 Robespierre foi um dos principais líderes da insurreição popular do Campo de Marte. Sua fama de defensor do povo lhe valeu o apelido de "Incorruptível". Depois da deposição da família real, em 1792, Robespierre aderiu à Comuna de Paris e tornou-se um dos chefes do governo revolucionário. Combateu então a facção dos girondinos, menos radicais.

Robespierre foi um dos que pediram a condenação do rei Luís 16, guilhotinado em 21 de janeiro de 1793. Em julho do mesmo ano, Robespierre criou um Comitê de Salvação Pública para perseguir os inimigos da revolução. Foi instaurado o regime do "Grande Terror" - o auge da ditadura de Robespierre.

Em 1794, Robespierre mandou executar Danton, o revolucionário que propunha um rumo mais moderado para a revolução. Neste mesmo ano, tornou-se Presidente da Convenção Nacional. No dia 27 de julho, numa sessão tumultuada, Robespierre foi ferido e teve que sair da sala às pressas. Foi detido imediatamente por seus inimigos e, dois dias depois, mandado à guilhotina.