sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A importância do conhecimento e estudo da História II

É muito importante o conhecimento da história dos povos e das nações. A história do Brasil, por exemplo, nos fornece as ferramentas necessárias para que possamos conhecer os rumos da política, o porque do governo adotar esta ou aquela medida, ou toda a nossa problemática social, nas questões acerca de saúde, educação, violência, criminalidade, questões jurídicas, reforma agrária, etc.

A História geral das civilizações, apesar de ser um conjunto de disciplinas muito vasto e abrangente, nos permite encontrar respostas para os problemas que afetam diretamente o nosso cotidiano, e não somente por nos ajudar a compreender a realidade, ou a conjuntura política, mas porque nos fornece exemplos, por vezes sábios, outras vezes de estupidez; exemplos de moderação, de pertinência, ou mesmo as selvagerias, genocídios ou burrices estapafúrdias.

Os exemplos são inúmeros, cabe-nos pinçar aqueles que melhor se adequam às nossas realidades. Tomando um caso interessante, o do imperador Adriano, supremo governador dos territórios romanos entre 117-138 d.C., passou para a história como um gênio de incrível polidez que trouxe a paz e a prosperidade aos romanos, às províncias anexadas ao império e aos povos vizinhos, junto às largas fronteiras. Para tal, rompeu com a política de expansionismo belicoso de seu antecessor, Trajano, que impunha pesados fardos aos camponeses, que tinham que trabalhar mais e ganhar menos para pagar os impostos que financiavam as guerras por novos territórios.

Adriano era primo dele e foi nomeado seu sucessor após uma terrível crise na Antióquia, capital da província Síria onde era governador – a crise se abateu por todo o império, pois o delírio expansionista de Trajano pelas terras do oriente (o que lhe custou a própria vida meses após o seu início) abriu espaço para novos agressores atacarem Roma por todos os lados.Adriano passou, desde então, o resto de seu reinado empenhado em buscar a paz e a prosperidade, assentado sobre os ideais de beleza e perfeição, que provinham do seu profundo conhecimento e admiração loquaz pela cultura dos gregos. Quis levar a cultura grega a todos os povos, tal como fez Alexandre, o grande, e quis estender a Pax Romana pelo mundo, tal como fizera Augusto, seu antecessor: quis estabilizar as instituições, virtudes e valores do império, esta a sua marca, sua contribuição a Roma.

Soube levar a cabo suas ambições, considerando ora os acertos de uns, ora os erros de outros; soube ser ponderado durante toda sua vida e durante toda sua vida de imperador.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A importância do conhecimento da História

A História busca dar sentido às questões do nosso tempo.

A História é uma área do conhecimento humano preocupado com a compreensão do passado. Buscando em fontes que relatam o passado, procura dar sentido às ações do homem com a intenção de dar resposta a questões do presente. Dessa forma, esse campo de conhecimento oferece um instrumental útil e necessário para que possamos enxergar em uma perspectiva mais profunda o mundo que nos rodeia.
Além de oferecer mais conhecimento, a História tem a interessante capacidade de remontar o passado de formas completamente diferentes. O historiador vai até o passado com um conjunto limitado de perguntas e documentos que o permitem fazer “apenas” uma forma de compreender um determinado período de tempo. Por isso, não podemos encerrar a compreensão de qualquer fato na obra de um único estudioso.
Grosso modo, as primeiras linhas de estudo da História se desenvolveram nas cavernas, quando os primeiros grupos humanos se preocupavam em registrar o desenrolar de sua própria vida cotidiana. Na Antigüidade, os primeiros historiadores se preocupavam em relatar as peripécias dos grandes personagens e o cenário épico das guerras travadas entre os povos. Muitas vezes, comprometidos com algum dos lados dessa história faziam um relato tendencioso e impreciso.
Na verdade, não podemos mesmo pensar que o historiador deixa suas preferências de lado na hora de trabalhar com o passado que lhe atrai. No entanto, durante muito tempo, o estudo da História se mostrou espalhado em relatos desprovidos de algum tipo de rigor que garantisse algum tipo de objetividade. A partir do século XVIII, observamos a proposição de alguns pensadores que tentaram dar critérios mais rígidos no estudo da História.
Nessa corrente, temos a ascendência de um ideal em que o historiador teria a capacidade de falar do passado sem interferir o conhecimento com suas opiniões pessoais. A partir de então, os fatos históricos começariam a ser julgados com base na importância maior dos fatos de ordem política e econômica. Restringindo com bastante força outros temas de análise histórica, esse tipo de perspectiva veio a perder força somente no decorrer do século passado.
Atualmente novos temas vêm tendo bastante força no campo dos estudos históricos. A História oral, a Micro-história e a História Cultural são alguns dos novos campos de atuação dessa área do conhecimento. Tendo caráter fortemente reflexivo, a História possibilita a criação de um espírito crítico capaz de elucidar uma relação mais interessante do homem com a realidade que o cerca.

Importância do estudo da História

Um novo conceito

Talvez você esteja acostumado a estudar história de uma maneira errada que talvez tenha sido passada para você desde a época do ginásio.
Muitos de nós quando pensamos em história o que nos vem à cabeça são fatos, cronologia, nomes de heróis e figuras importantes na história.
Se você aprendeu a estudar história desse jeito, nós vamos mudar um pouco seu conceito e apresentar um novo tipo de abordagem muito mais ampla e útil para seu aprendizado, uma abordagem que se preocupa mais com as transformações que se operam no processo histórico, em particular nas estruturas da sociedade.
Fatos, cronologia, nomes serão até certo ponto importantes em nosso estudo, porém, iremos trabalhar com essa história nova, que os examinadores estão pedindo nos vestibulares.
O estudo da História é importante porque nos dá condições de entender as estruturas econômicas, sociais, políticas, religiosas, ideológicas e jurídicas da sociedade em que vivemos.
A partir do estudo do passado podemos entender o processo de transformação da natureza, realizado pelo acúmulo de conhecimento dos homens, e que possibilitou mudanças substanciais no modo de vida da humanidade e no próprio homem, além de abrir horizontes de transformações em nossa sociedade.
O contato com civilizações e grupos sociais, que viveram em espaços e tempos diferentes do nosso, nos auxilia no sentido de apreendermos que as formas de produzir a sobrevivência variam na História.
Mas é justamente essa necessidade constante de adaptar e adaptar-se à natureza que nos torna animais diferentes dos demais.
Nós, homens, ao transformarmos a natureza, estamos produzindo cultura, portanto, criando sociedades que se estabelecem sobre critérios não meramente biológicos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Conhecimento Histórico

Conhecimento Histórico
A história faz parte do campo de conhecimento das ciências humanas. Seu empenho principal está na reconstrução do passado. No seu trabalho o historiador utiliza fontes que podem ser: escritas, como documentos oficiais e particulares, cartas jornais, livros. Orais, como discos ou fitas gravadas; ou visuais, quadros, gravuras, fotos e filmes.

Na vida cotidiana deparamos com um sem-número de fontes para os mais diversos estudos de história. Por exemplo, para o pesquisador empenhado em descrever e explicar a sociedade brasileira da década de 1980 seriam materiais importantes: cadernos e contas de famílias de várias classes sociais; documentos mostrando o funcionamento de empresas; declarações de renda; decretos governamentais; panfletos sindicais e políticos, livros, revistas, jornais, fotos e filmes.

O estudo das fontes deve ser feita de forma crítica. Nem tudo que é dito pelos materiais coletados para a pesquisa é a expressão da verdade. Ao longo da história, governos, instituições e pessoas tendem a afirmar, como verdade, aquilo que muitas vezes é a expressão de seus interesses.

Essas mentiras podem deliberadas ou inconscientes. Cabe o historiador comparar, criticar, estudar fontes de variadas tendências, numa tentativa de reconstruir o que aconteceu de forma mais exata possível.

“A verdade na História tem um caráter diferente, em que o limite do que é aceitável ou não é dado pela pesquisa junto às fontes, pelo diálogo com os conceitos e por um trabalho analítico e de síntese, no sentido de construir uma explicação. Com certeza, esse tipo de verdade é mais móvel, mais passível de reavaliação, mas isso não quer dizer que não exista produção de conhecimento há História ou que o conhecimento produzido por essa disciplina não seja rigoroso. (...) afirmar que a verdade histórica possui um caráter diferente não significa dizer que ela não existe o que é arbitrária. A História não se confunde com uma opinião qualquer”.

O conhecimento produzido pelos historiadores é provisório (uma nova fonte, por exemplo, pode alterá-lo), descontínuo (já que um historiador não poderá estudar toda a história dos homens em todos os seus aspectos, no decorrer de todo o tempo), seletivo (uma vez que o historiador elege o seu problema e seu objeto) e limitado (porque conhecer é tarefa infinita), mas tudo isso não quer dizer que ele não seja verdadeiro.

De um lado estão as fontes e, de outro, as várias perguntas com as quais o historiador interroga essas fontes. O acontecimento, a própria história, surge deste diálogo entre a documentação e a pergunta feita pelo historiador.

O objeto do conhecimento histórico é aquilo que acontece, é o acontecido, perseguido pelas suas evidências e registros.

Cada historiador faz perguntas diferentes e procura selecionar o material que possa responder a essas perguntas. Isso não significa que a História, com “h” maiúsculo, seja a simples somatória das várias histórias escritas. Para se conhecer o passado dos homens não basta juntar tudo o que já foi dito sobre eles. É preciso compreender como cada aspecto da vida humana e dos universos sociais se relacionam uns com os outros”.

A historiografia, ou a história do estudo da história.

Durante muito tempo a preocupação dos historiadores era de estudar os grandes acontecimentos, fundamentados nas ações dos governantes e encadeados em ordem cronológica e o papel do historiador era o de descrever o que aconteceu na história.
Escrevia-se a história dos reis, príncipes, a vida dos heróis militares, suas batalhas e suas vitórias. Era uma história mais descritiva do que reflexiva.

Um momento importante foi o da historiografia marxista. O pensador Karl Marx tinha uma filosofia histórica peculiar, ele entendia que a história humana era movida pelos seus interesses econômicos.

Para os marxistas o conhecimento histórico é um elemento de transformação da sociedade. Eles dividiam a história pelos seus modos de produção. Por exemplo: no mundo antigo, existia o modo de produção escravista, depois sucedido pelo modo de produção feudal, seguido pelo capitalista, e assim por diante.

Uma nova tendência historiográfica é o que ficou conhecida como Nova História. Cansados da ênfase econômica imposta pelos marxistas os historiadores desta nova tendência, quiseram ampliar as fontes e o objeto de estudo da história.

O cotidiano encontrou sua relevância, a vida individual de cada pessoa passou a ser de interesse do historiador. Pensou-se na História das Mentalidades, História da Mulher, do Jovem, História da Vida Privada, História dos Cheiros e do Cotidiano.

Periodização histórica

Periodizar significa indicar períodos, demarcar o tempo histórico com marcos significativos.

Nas civilizações cristãs, convencionou-se que o marco inicial para a contagem do tempo histórico é o nascimento de Cristo. Assim, no calendário cristão, o ano 1 começa com o nascimento de Cristo. As datas anteriores ao nascimento levam a abreviatura a.C. e as datas posteriores d.C. .Nem todos os povos, porém, adotam o calendário cristão, como os muçulmanos e judeus.

Esta é ainda a periodização mais aceita:

Idade Antiga – do fim da pré-história (aparecimento da escrita) até o século V d.C (queda do Império Romano do Ocidente, em 476)

Idade Média – do final da Antiguidade até o século XV (queda de Constantinopla, em 1453)

Idade Moderna – do final da Idade Média até o final do século XVIII (Revolução Francesa, em 1789)

Idade Contemporânea – do final da Idade Moderna até os dias atuais.

Fonte: Projeto Araribá : História - Editora Moderna.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Teoria da História

Denominamos Teoria da História ao ramo do conhecimento que procura compreender as diversas formulações do conhecimento histórico.

Por não existir uma concepção única e consensual para a análise do passado, as diversas teorias da História alimentam debates constantes entre os defensores de diversas concepções. Entre as principais, relacionam-se: Positivismo, Escola dos Annales, Nova História, Micro-História e Historiografia Marxista

Positivismo
No século XIX, a aplicação do pensamento formulado por Auguste Comte na área de análise histórica acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar o fator que determinasse a verdadeira história: ela seria algo indiscutível e localizada através dos documentos governamentais que jamais estariam errados, com omissões, ou deturpados. De acordo com tal forma de análise, apenas as histórias militares e políticas teriam importância de serem verificadas. Após a localização dos fatos do passado, deveriam ser criadas leis gerais que explicassem todos dados coletados. A quantidade de leis deveria ser a mínima possível, até se alcançar uma lei única e universal.

Na verdade, tal posicionamento revela a necessidade de uma pesquisa científica e metódica nas ciências sociais, fruto e tentativa de aplicação do mesmo que ocorre nas demais ciências a partir do século XIX. Até então, as narrativas históricas se limitavam a textos que misturavam credos religiosos com possíveis realidades, impossibilitando de serem separados um do outro, ou mesmo narrativas de pessoas de destaque que tivessem presenciado os ocorridos.
Atualmente, o positivismo encontra pouca receptividade dos historiadores. No entanto, é digna a sua lembrança já que, pela primeira vez, existe a preocupação de se desenvolver narrativas históricas seguindo determinados critérios.

Escola dos Annales
Trata-se de uma linha historiográfica surgida na França através da revista Annales d'histoire économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Os dois autores fundadores de tal publicação achavam insuficientes as formas com que a História era tratada até então. Apesar disso, não foram os primeiros a proporem novas abordagens, nem receberam a fama de forma indevida. Bebendo das fontes de diversos autores, compilam uma forma própria de análise do passado.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.